CUIDADO COM UMA LINHA DE PRODUTOS BARATOS (Prof.º Isaac Martins)

Tenho algumas consultas de empreendedores querendo desenvolver uma linha de produto com preços populares. Muitos especialistas dizem que se sua empresa não tiver produto destinado para a classe média vai quebrar!

Puro exagero! Na prática vejo que a classe média com mais poder de consumo está comprando produtos mais caros, de maior qualidade e de marca.

Ministro treinamentos em uma empresa de varejo de calçados e as lojas que tem o maior tíquete médio e lucratividade são as unidades que estão em regiões periféricas.

Não sou contra criar uma nova marca, mas observo que as empresas cometem muitos erros, até mesmo grosseiros, de estratégias. Se você está pensando em ter uma linha para vender seu produto mais barato, aprenda com o mercado farmacêutico. 

Os genéricos eram a salvação dos laboratórios brasileiros e das multinacionais que cresciam no país. Mas o que era solução passou a ser um baita problema.

Veja o exemplo depois que caiu a patente sobre o citrato de sildenafila – o princípio ativo do Viagra, remédio para disfunção erétil lançado no mercado pelo laboratório americano Pfizer em 1998. Em questão de dias, o remédio ficou mais barato. Em junho de 2010, a uma semana de perder a exclusividade, a Pfizer cortou seu preço de 30 para 15 reais por comprimido. Em seguida, os primeiros genéricos chegaram ao mercado a 10 reais, e o preço não parou mais de cair. Desde então, as vendas do citrato de sildenafila saltaram do patamar de 2 milhões para 30 milhões de unidades anuais em 2012. Com a concorrência de cinco laboratórios de genéricos nesse mercado, além dos outros quatro que já produziam medicamentos semelhantes, o cenário está uma maravilha para quem precisa de um Viagra de vez em quando. Hoje, o comprimido chega a ser vendido às drogarias por menos de 1 real e ao consumidor final por 4 reais.


Os genéricos eram o remédio para impulsionar as vendas. Mas os preços foram ao chão. “O modelo de negócios dos genéricos no Brasil está muito próximo do limite do que é sustentável”, dados da consultoria Boston Consulting Group.

Então, quais as estratégias para criar uma nova marca para vender produtos mais baratos?

1. Minha sugestão é, explorar novas regiões. Criar um novo produto para vender para seus clientes atuais, só vai fazer esse cliente chorar por preço.

2. Crie novas parcerias com distribuidores das regiões pouco exploradas.

3. Desenvolva a venda em outros canais, telemarketing, internet e até mesmo criar uma nova estrutura comercial.

Criar um novo produto pode ser um grande negócio ou um mico enorme!

Fique ligado e até o próximo artigo.




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