De inflexíveis a inseguros, veja 11 "líderes" que não se encaixam nas empresas de hoje, seja pelo comportamento ou estilo de gestão, segundo especialistas.
Se,
por um dia, os papéis fossem invertidos e os subordinados tivessem o poder
de demitir seus chefes,
muita gente correria o risco de perder o posto de líder.
EXAME.com consultou especialistas e elencou 11 tipos chefia que estariam na
lista de corte, seja por comportamentos não adequados ou estilos de gestão já fora de moda. Confira:
O que quer os créditos só para ele
Talvez
não exista nada tão desmotivador quanto aquele chefe que só lembra da equipe na
hora de dar bronca. "Quando uma coisa dá errado, ele culpa a equipe. Mas quando
dá certo, o mérito é só dele", afirma Marisa Eboli, especialista em educação
corporativa da FIA.
O que busca culpados e não soluções
Sabe
aquele chefe que não pode ver um probleminha que já sai querendo apontar o dedo
e encontrar um responsável? "Na posição de líder, ele deveria ajudar a buscar
soluções", diz Marisa.
O mesquinho
Ele
não sabe compartilhar poder, sucesso, ou experiência. "É o chefe que, se não
pode ir a um evento, não manda ninguém da equipe para representá-lo porque acha
que só ele tem esse prestígio", diz Marisa. Segundo ela, isso nada mais é do que
insegurança. "O líder centralizador está fadado ao insucesso. Ele já não cabe
mais dentro das organizações", concorda Clara Linhares, professora da Fundação Dom Cabral.
O
que tem o ego lá nas alturas
Aqui,
não se trata de nenhum Steve Jobs, que tinha o ego inflado, mas usava isso em
prol do crescimento da sua empresa. "São aqueles que só pensam no próprio
sucesso e se colocam acima da organização", define Marisa.
O que tem medo de que o subordinado tome o seu lugar
É
aquele chefe que, ao invés de impulsionar as pessoas ao desenvolvimento, as
impede de crescer, segundo Clara Linhares. "Ele tem medo de que alguém tome o
seu lugar. Geralmente é alguém que tem muito tempo de casa e se acha 'o todo
poderoso'". Pedro Zanni, professor da da Escola de Administração de Empresas de
São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV-EAESP), concorda. "Ele tem que
entender que quanto mais o subordinado cresce, maior é a oportunidade de ele
crescer também", afirma.
O inflexível
"Ele
não quer saber de ouvir. Tudo tem que funcionar de acordo com o estilo dele",
define Clara Linhares.
"Ele
não sabe influenciar as pessoas e manter essa influência por um longo período de
tempo. Isso é ser líder", diz Clara Linhares.
O que não faz perguntas, só delega
Não
adianta ficar só mandando o tempo todo. É preciso perguntar também. "Não se
trata de cobrança. É perguntar a opinião do subordinado. Fazer perguntas
significa reconhecer que os outros funcionários podem, demonstrar que se
interessa pela visão do resto da equipe", afirma o professor Pedro Zanni.
O
que pensa que desenvolver a equipe é tarefa do RH
Quando
alguma coisa dá errado, esse tipo de chefe culpa o departamento de recursos
humanos da empresa por não contratar e não treinar os funcionários direito.
"Todo gestor é diretamente responsável pelo desenvolvimento de seus
subordinados. É ele quem tem que ajudar os outros a encontrar o melhor caminho
técnico e comportamental para a equipe", diz Zanni.
O que faz críticas generalizadas, de tempos em tempos
"Ninguém
aqui presta atenção no que faz". "Ninguém está comprometido com o trabalho".
"Ninguém checa as coisas antes de enviar". Chefes que, de tempos em tempos,
reúnem toda a equipe para dar esse tipo de bronca, se encaixam no perfil. "É
aquele que fica dentro do seu mundinho e, a cada três meses dá um chilique, bate
na mesa e faz críticas muito gerais. Para ser construtiva, a crítica precisa ser
frequente e direcionada. Só assim o funcionário vai saber exatamente o que
precisa corrigir e terá tempo pra isso. De outra forma, todo mundo ouve e pensa:
'não é comigo'", diz Zanni.
O que tem um perfil de funcionário ideal
"Ele
acha que um determinado perfil é mais bacana, geralmente um bem parecido com o
seu. Para ele, quem pensa muito diferente, não serve. É preciso ver valor no
conflito construtivo. O bom chefe é aquele que se intriga com pensamentos
opostos aos seus e procura entender o porquê daquela visão", afirma Zanni.
Fonte: Revista Exame
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